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Ida Gomes
Episódio 1 - 22'40''

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Vinheta de abertura

 

Leonardo Dourado:

Olá, a todas e todos. Eu sou o jornalista Leonardo Dourado e este é o primeiro episódio do podcast Canto dos Exilados. A história dos refugiados da Segunda Guerra Mundial que vieram para o Brasil e aqui deixaram o seu legado para a ciência e a arte.

 

Kristina Michahelles:

E eu sou Kristina Michahelles, jornalista, tradutora e diretora do museu Casa Stefan Zweig de Petrópolis, instituição cultural que apoia esta iniciativa.

 

Leonardo Dourado:

Aqui apresentamos histórias de vida de gente famosa do universo da cultura, e outros menos conhecidos. Todos foram perseguidos em seus países de origem, tiveram que fugir e construíram uma nova vida no Brasil. 

 

Kristina MIchahelles:

E nossos ouvintes também vão se emocionar ouvindo os relatos das fugas do nazismo. Muitos eram crianças quando as famílias foram obrigadas a deixar a Europa. Este trabalho é fruto de muita pesquisa de uma dedicada equipe liderada pelos historiadores Fábio Koifman, no Brasil, e Marlen Eckl, na Alemanha. E é inspirado em uma ideia do  jornalista Alberto Dines, biógrafo do escritor austriaco Stefan Zweig.

 

Leonardo Dourado:

No episódio de hoje apresentaremos o perfil da atriz polonesa Ida Gomes. Nosso programa contará com a participação especial da também atriz Débora Olivieri, sobrinha de Ida Gomes.

 

O podcast Canto dos Exilados é patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura e JGP Gestão de Recursos por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, Lei do ISS.

 

Passagem

 

Kristina Michahelles:

Com certeza o ouvinte do nosso podcast vai reconhecer a voz marcante de Ida. A surpresa virá em seguida no depoimento que ela deu à Funarte. Pouca gente sabe que ela veio fugindo da guerra para o Brasil. Ela começa soletrando o seu sobrenome polonês e depois explica a origem do nome artístico.

 

Ida Gomes:

Szafran, SZ, que muita gente pronuncia shafran porque é de origem polonesa. Quando eu comecei a minha carreira em rádio, no tempo do rádio, ainda não existia televisão. Eu comecei minha carreira como Ida Wagner na época da guerra. E eu fazia um programa, Jóia, o bandoleiro romântico, foi uma das primeiras coisas que eu fiz. Eu era a estrela do programa, era mocinha e como estavam na época da guerra, em que todo mundo (era) contra os alemães, o produtor disse: Ida não é bom você se chamar Ida Wagner, que Wagner é um nome alemão e pode não se tornar simpático. Vamos trocar, eu disse tudo bem vocês troquem. Então vamos trocar compositor por compositor, do Wagner pro Carlos Gomes, aí passei a ser Ida Gomes, esta é a explicação.

Kristina Michahelles:

Na sequência, Ida conta o drama da perda dos parentes nos campos de concentração e a chegada ao Brasil ainda menina. 

 

Ida Gomes:

Eu saí de Krasnik  com um ano de idade, nos braços da minha mãe e emigramos para a França, onde eu morei 12 anos. Eu morei 12 anos em Paris, quer dizer, eu vim para o Brasil de Paris exatamente em véspera de guerra. Embora nós não chegamos a sofrer, mas o resto da família que eu falo, irmãos de meu pai, irmãos da minha mãe, não sobrou ninguém para contar a história. Porque depois, claro, eu voltei a Paris já como turista, ou mesmo a trabalho. E sabe que eu não consegui encontrar ninguém? Foi todo mundo exterminado nos campos de concentração. Nós chegamos a tempo. Exatamente em véspera de guerra, eu era uma menina, eu tinha 13 anos quando eu cheguei ao Brasil.

Kristina Michahelles:

Débora, além da sua tia Ida, veio também o seu pai, Felipe Wagner, também ator. Eles falavam da fuga do nazismo? O que você lembra disso?

 

Débora Olivieri:

Na verdade, eu fui criada pelos pais da minha mãe que eram, ele polonês e ela ucraniana. Então, tudo sobre nazismo eu ouvia por parte deles. Na verdade, todos os judeus que fugiram da guerra tiveram a mesma trajetória. Meu pai e minha tia só queriam falar de música e de arte.

 

Leonardo Dourado:

O que a Ida narra no trecho logo adiante é mais ou menos comum a todos os exilados no Brasil e no mundo inteiro, as dificuldades de se estabelecer no país de acolhida.

 

Ida Gomes:

O meu pai já tinha estado no Brasil, já tinha amigos, nós fomos para casa desses amigos. Meu pai já trabalhava e começamos a fazer a nossa vida aqui, não é? A vida normal de um imigrante pobre. Todo mundo tem um pouco aquela ilusão de que o judeu é rico, mas nem todos são. E nós perdemos tudo na França. Meu pai estava bem em Paris. Ele, inclusive na França, trabalhava exatamente com a Alemanha. Ele trabalhava com fechos de bolsa. Ele importava da Alemanha e quando eles cortaram todos os negócios com os judeus aí meu pai começou a ficar mal e voltou pro Brasil com uma mão na frente e outra atrás. Mas foi levando a vida. 

Kristina Michahelles:

A gente percebe na fala da Ida um certo orgulho de - mesmo sendo jovem e passando dificuldades - de ela ter entendido a situação nova que afetava a todos e lutou para encontrar uma saída.

 

Débora Olivieri:

Pois é, a tia Ida era uma pessoa extremamente ativa, ela queria atacar em todos os lugares. Era do rádio para a dublagem e para a atuação… ela não conseguia ficar parada. Era uma mulher que lia seis livros em inglês e ao mesmo tempo, então a cultura: ela servia-se, ela só pensava nisso. Então, ela venceu. Saindo como uma refugiada ela venceu e só boas lembranças que a gente tem.

 

Ida Gomes:

Mas a vida foi difícil aqui. Eu é que, mais ou menos, já tinha um certo jeito. Eu comecei minha carreira aqui no Brasil aos 15 anos, incrível. Com dois anos de Brasil, eu me inscrevi, a minha mãe - que, ao contrário das mães daquele tempo, adorava vida artística, queria que a filha fosse atriz, coisa que você não vê naquele tempo, não é? - Ela me inscreveu num programa chamado Em busca de talentos da Rádio Nacional, que era dirigido naquele tempo pelo já falecido, os dois falecidos, Celso Guimarães e Silvino Neto. E porque eu dizia poesias em casa, né? Olha, eu não me lembro de coisas às vezes que eu fiz ontem, mas me lembro muito bem do poema que eu disse naquele tempo que era Súplica de um menino pobre e, para espanto principalmente meu, eu tirei o primeiro lugar. Bom, aí realmente fiquei animadíssima. Eu sei que era muito emocionante e como eu estava nervosa, parece que eu disse muito bem porque no meio de candidatos bons - não era um programa de calouros em que entrava qualquer um - havia uma seleção anterior, eu tirei o primeiro lugar. E aí comecei a correr atrás. Me inscrevi em tudo quanto é programa para começar a fazer rádio, naquele tempo era rádio. 

 

Leonardo Dourado:

A gente percebe nesta gravação dela uma certa autoconfiança. Débora, Você também percebia essa autoconfiança que ela aparenta no depoimento ?

 

Débora Olivieri:

Ela tinha, pelo menos, ela demonstrava. Às vezes rolavam umas mágoas quando ela não era escalada, embora ela seja contratada a vida inteira, ela sempre (se queixava): por que sempre a Laura Cardoso, por que as pessoas me confundem com a Laura Cardoso, por que não sou eu ? Ela tinha, mas era autoconfiante, vaidosa com aquela voz poderosa e ela adorava ser reconhecida, adorava… ela tinha muito orgulho de ter chegado onde ela chegou.

 

Leonardo Dourado:

Bem, e além disso também fica muito claro nessa gravação que a gente recuperou da Ida Gomes que ela já, 30 anos atrás, tinha uma visão bem crítica do mercado de trabalho para atores. Vamos ouvir um trechinho que a gente separou que compara a dificuldade de ser atriz antes e depois da chegada da TV.

Ida Gomes:

Primeiro, era muito mais fácil, na minha opinião. Era mais fácil por vários motivos. Um deles era que atualmente, principalmente com o advento da televisão, a concorrência é inacreditável. Todo mundo quer ser ator ou atriz de televisão, quer mostrar a cara porque acha que com isso vai ganhar dinheiro, vai fazer programas, vai fazer isso, vai fazer anúncio. Mas eu acho que era mais fácil, principalmente porque havia menos concorrência e eu acho que, naquele tempo, como não se dava assim um valor tão exagerado - eu talvez não devesse falar isso, não é ? na minha idade, - mas eu acho que se dá um valor exagerado, jovens que me perdoem, à  juventude. Tudo agora é jovem, as garotas para entrar na televisão têm que ter 18 anos, cabelo longo, liso, loiro e bumbum arrebitado. Se você não está mais nessa faixa, a coisa fica muito mais difícil.

 

Kristina Michahelles:

É isso mesmo, Débora?

Débora Olivieri:

Mais ou menos isso, a tia Ida não gostava da idade, ela realmente lutava contra o envelhecer, não queria aceitar e ela se ressentia quando não era escalada: por que tinha que ser mais jovem, por que não escrevem para atores mais velhos ? Imagina hoje, se ela já sentia isso naquela época, hoje ela ia ficar muito zangada.

 

Leonardo Dourado:

No próximo bloco: premiadíssima no rádio, uma voz inconfundível na dublagem de grandes atrizes de Hollywood até a consagração como uma das Cajazeiras, em o Bem Amado na televisão. O sucesso de Ida Gomes.

 

Ida Gomes:

Eu ganhei vários prêmios como melhor radioatriz durante anos seguidos, nos anos 40 até o princípio dos anos 50, digamos assim. Eu fiz rádio teatro na Tupi só durante muitos e muitos anos, fiz novelas importantíssimas com Paulo Porto, com Paulo Gracindo mesmo, e com uma porção de gente que nem está mais aí, não é? E daí então é que eu passei para a televisão. Sabe qual foi o primeiro programa que eu fiz na TV Tupi? O Chianca de Garcia, você deve lembrar o nome dele, fazia um programa chamado História do teatro universal e ele queria fazer Electra. E não havia uma atriz que conseguisse decorar a Electra. Eu digo, eu decoro.

Sobe som pequeno trecho da trilha sonora

Kristina Michahelles:

E assim a Ida foi subindo na difícil carreira que escolheu, corajosa e ousada. E sempre com muito bom humor. Ela também ficou conhecida por suas dublagens de grandes atrizes de Hollywood, especialmente por ser a voz brasileira de Betty Davis, a maior parte em papéis de vilã e malvada. Ela comenta a arte do ofício e começa fazendo piada de tanto encarnar a atriz americana.

 

Ida Gomes:

Exatamente, eu acho que até hoje ela me imita, viu? Mas era a minha forma de ser, eu sou agitada, a maneira dela se movimentar ou de falar. Tanto que até hoje passa Malvada outra vez e eu tenho amigos que dizem assim: gosto mais da malvada com você. Digo: ah, eu gostaria de ter ganho os dólares que ela ganhou. O que eu quero dizer é que a dublagem tem sido muita injustiçada, porque eu acho que ela deu muita experiência para muitos atores, porque, por exemplo: você dublava mais ou menos um filme por dia, então você dublava vários atores ou atrizes, no meu caso, e tinha que pegar a característica de cada um. Ou pelo menos tentar. De modo que isso te dava uma grande experiência.

 

Leonardo Dourado:

Além de Betty Davis, Ida deu voz em português a Joan Crawford, Ida Lupino, Melina Mercouri, entre muitas outras. Também dublou para os estúdios Walt Disney uma animação infantil que fez muito sucesso no Brasil, Bernardo e Bianca.

 

Débora Olivieri:

Eu me lembro bem desse filme quando vi. Eu tinha tanto orgulho da minha tia porque eu não morava no Rio, eu morava em São Paulo, então cada vez que eu via o Bem Amado, cada vez que eu ouvia, eu me enchia de orgulho, até que eu vim morar e estar com ela e conhecer melhor, acho que a gente viveu os últimos dez anos da vida dela que estava eu junto, foi como se fosse um em dez anos. Ela queria viver esses dez anos num único dia, ela era intensa. A gente tinha uma relação muito forte, assim de mãe e filha que ela não teve.

 

Leonardo Dourado:

Ela comenta aqui no trecho que ela era muito reconhecida na rua.

 

Débora Olivieri:

Muito, e pelos taxistas também, era incrível, os taxistas adoravam. Não existia Uber na época, então eu ia muito com a tia Ida pra restaurante, pro teatro, e eles olhavam pelo retrovisor, eu vivi já isso: “ah, a senhora é a irmã Cajazeira ? A eterna irmã Cajazeira.

 

Kristina Michahelles:

O Bem Amado é um clássico de Dias Gomes que retrata o Brasil a partir das tramoias do prefeito Odorico Paraguaçu em uma pequena cidade do interior. As irmãs Cajazeiras eram três solteironas que orbitam ao redor da politicagem do personagem imortalizado por Paulo Gracindo e do falso moralismo que campeia na ficcionada cidade de Sucupira. Nós separamos um trechinho para você relembrar.

 

Ida Gomes:

E nós viemos aqui também para expor uma ideia que eu tive: precisamos promover uma manifestação de desagravo ao prefeito. 

 

Paulo Gracindo:

Uma manifestação espontânea.

 

Dirce Migliaccio:

Pra mostrar que o senhor continua prestigiado pelo povo.

Dorinha Duval:

As mulheres tomam a frente para mostrar uma manifestação popular.

 

Ida Gomes:

É para tapar a boca do doutor Juarez e de toda essa gente que anda falando mal do senhor. 

 

Paulo Gracindo:

É, até que é uma boa ideia.

 

Ida Gomes:

O senhor não se preocupe porque as faixas já foram encomendadas, ficarão prontas amanhã e depois de amanhã é a manifestação.

 

Paulo Gracindo:

É, eu preciso de muita gente nessa manifestação espontânea. 

 

Ida Gomes:

Em nome da comissão que organizou esta manifestação pública, eu faço a entrega ao nosso prefeito…

 

(interrompida por saudação do público): Viva o Odorico!

 

Ida Gomes:

Eu faço a entrega ao nosso prefeito de uma placa que perpetua em prata a gratidão do povo Sucupirano por tudo o que ele fez em prol da nossa cidade.

 

Leonardo Dourado:

O Bem Amado é muito atual até hoje, tanto que toda sexta-feira, por volta das nove e meia da manhã, a Rádio CBN faz a crônica política da semana mesclando trechos da obra com os acontecimentos de Brasília. O programa chama-se Rádio Sucupira. 

 

Kristina Michahelles:

Dona de opiniões firmes, especialmente quando o tema era o ofício de representar, Ida Gomes  toca, a seguir, num ponto que é muito caro para nós: a contribuição que essas pessoas chegadas de outros lugares acabam deixando no país de acolhida.

Ida Gomes:

Eu acho que o ator é bastante universal, mas ele tem as suas características próprias do seu país. Claro que quando você representa, você representa autores de várias nacionalidades, você tem que se adaptar a cada um, então ele teria um pouquinho de cada pátria, de cada pátria que ele representa. E para isso, ele tem que ter um talento especial para conseguir chegar lá. O ator é, principalmente, um artista universal. 

Leonardo Dourado:

Débora, você que é uma premiada atriz brasileira de televisão e teatro, interprete para nós isso que a Ida disse sobre a importância de o ator ser um artista universal.

 

Débora Olivieri:

É, pois é, hoje mais do que nunca. A tia Ida não viveu o streaming, mas é como se tivesse vivido porque o Bem Amado vendeu pro mundo inteiro e ela se tornou uma atriz internacional mesmo sem ter feito uma Netflix ou qualquer outro streaming que hoje em dia tá na moda. E, realmente, um ator que faz cinema, rádio, dublagem, teatro … ela morreu no palco praticamente. Até uma semana antes ela fazia o set, ela não deixou o palco e nem a arte até o momento de dizer tchau. Então ela foi e continua sendo internacional e completa, absoluta.

 

Kristina Michahelles:

Incrível essa mulher. E para o arremate final, mais uma opinião decidida de Ida Gomes sobre as várias plataformas de atuação para o ator.

Ida Gomes:

A melhor coisa para mim é  fazer teatro, eu acho o seguinte: eu já fiz cinema, claro TV, nem se discute, e eu acho que você tanto no cinema como na TV pode enganar. Você pode enganar.  Pessoas que não tiveram, assim, um talento imenso, porque, por exemplo, se a câmera te pega no momento exato, com o olhar exato, com a luz exata, você vai dar uma emoção que às vezes você nem tem. E no teatro você não engana porque você está ali inteiro na frente do público. Vai enganar como? Eu acho o teatro a maior das artes, de certa forma, no sentido de artes cênicas, não é? Porque ela engloba tudo, ela engloba a arte de representar, engloba artes plásticas com cenário, ela engloba tudo, a música. Eu acho o teatro ainda, a coisa mais importante, mais trabalhoso.

 

Débora Olivieri:

E a tia Ida nos deixou antes de receber o prêmio de consagração pela sua trajetória, onde eu meu pai … na verdade acho que ela faleceu umas três semanas antes do prêmio, ou algo assim, era muito forte, muito forte. Meu pai foi, subiu no palco, leu um poema que ela costumava ler e eles me chamaram para ler o agradecimento que ela teria ouvido ao receber o prêmio e meu pai acabou ficando com a estátua. Ela nos deixou… eu me emociono… 

Infelizmente ela não estava viva quando eu fiz a Rosa que conta de uma refugiada. Meu pai quando veio ver perguntou: “como você consegue fazer essa velha ?” eu lembro que na estreia eu vi a minha tia sentada. Foi uma coisa que eu tive uma crise de choro porque o público entrava, eu já tava sentada, eu vi no teatro Tonia Carrero, no Leblon, aquilo me deixou muito emocionada. Eu nem acredito muito, mas eu vi e às vezes quando eu fazia a peça eu via, a tia Ida foi muito presente na minha vida, a mãe que eu não tinha e, eu, a filha que ela nunca teve. 

 

Leonardo Dourado:

Ida Szafran, a nossa Ida Gomes, nos deixou em 22 de fevereiro de 2009 no Rio de Janeiro.

Kristina Michahelles:

E assim chegamos ao fim de nosso programa de hoje. Esperamos que tenham gostado. Lembramos que é possível maratonar a série ouvindo todos os oito episódios desta primeira temporada nas principais plataformas de podcast. E a plataforma da Casa Stefan Zweig Digital encaminha para um site com a transcrição completa de todos os programas. Desta forma, incluímos na audiência também os deficientes auditivos.

Leonardo Dourado:

Bem, a gente queria agradecer a presença da Débora Olivieri, sobrinha da Ida Gomes.

Débora Olivieri:

Muito, muito obrigada, eu é que quero agradecer o convite de poder fazer a voz da tia Ida seguir adiante, e é muito emocionante saber que a voz dela continua.

 

Leonardo Dourado:

O programa de hoje contou com o depoimento de Ida Gomes ao Centro de Documentação e Pesquisa da Funarte, com o acervo da Rede Globo e colaboração de Edmilson Fernandes da Rádio CBN e ainda com informações do Dicionário dos Refugiados do Nazifascismo no Brasil. Agradecemos a participação da atriz Débora Olivieri. A produção foi da Taís Silva. Montagem, sonorização e composição da trilha sonora são de Fabiano Araruna e do Pedro Leal David. O roteiro é meu, Leonardo Dourado, e da Kristina Michahelles. Ambos fizemos também a apresentação do episódio. Até a próxima.

 

Fim do episódio 1 - Ida Gomes

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